Inhotim, ali pertim

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No ano passado, realizei um sonho: conhecer Minas Gerais e o fantástico museu do Inhotim. Para quem não conhece, é um parque/museu/jardim botânico, que respira arte contemporânea. Fica na cidade de Brumadinho, pertinho de Belo Horizonte, apenas algumas horas de ônibus. Passei apenas um dia por lá, mas agora planejo voltar para ficar mais tempo e conseguir ver todas as obras em exposição. O paisagismo, assinado por Burle Marx, é um outro espetáculo imperdível. São muitas espécies de plantas raras, que criam um ambiente único, de extremo bom gosto e o cenário perfeito para apreciação de tanta beleza, e absorção dos questionamentos que surgem das obras de arte. Fiz algumas fotos, que gostaria de compartilhar com vocês:

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Esse é o prédio que abriga as obras de Adriana Varejão, artista de quem hoje sou fã absoluta, como por exemplo Calecanto Provoca Maremoto. 

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O concreto é um dos elementos mais presentes nas edificações/galeria espalhadas pelos hectares do Inhotim. Minha amiga Carol, que me acompanhou na viagem, e é arquiteta, ficou encantada com a beleza das estruturas.

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O artista Hélio Oiticica tem duas obras no museu. Essa externa, da sua série Penetráveis, chamada Penetrável Magic Square # 5 com cores fortes e formas geométricas. E um prédio que abriga suas Cosmococas, instalações divertidíssimas, que brincam com os sentidos e as percepções.

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A vegetação linda do parque nos dá chance de encontrar raridades de se ver nas grandes cidades como uma imensa jabuticabeira carregada de frutinhas.

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Além dos prédios, há também muitas esculturas espalhadas pela extensão do parque (ele é realmente imenso, eu precisei comprar um passe para carrinho de golf para conseguir ver as principais obras em algumas horas!). Essas são de Edgar de Souza.

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Uma obra muito interessante, tanto para adultos como crianças é A Origem da Obra de Arte  de Marilá Dardot, em que é possível construir palavras com vasos de cerâmica, terra, plantas e flores. No dia que eu fui, a terra estava em falta, mas deu pra gente se divertir com os vazinhos já prontos. E claro, brincar um pouco com o próprio ego… :)
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Esse Tamboril é a árvore mais monumental do parque, e dá nome ao restaurante mais chique do Inhotim. O outro, do tipo buffet, chama Oiticica. Foi onde comi uma comidinha mineira maravilhosa! DSC_2333

Essa obra do americano Chris Burden, intitulada Beam Drop Inhotim foi a que mais me impressionou. Ainda mais depois de ver o vídeo do processo de realização.  São 71 vigas de construção, jogadas por um guindaste de uma altura de 45 metros em uma vala de cimento fresco, em doze horas. Aleatoriedade, força, gestualidade abstrata são as palavras que me vieram a mente na hora que a vi. Fora que a vista do alto é impressionante.

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A Viewing Machine do artista Olafur Eliasson é um dos pontos mais famosos do Inhotim. Não dá para visitar o parque sem fazer fotos nesse caleidoscópio gigante, que reflete o mundo, transformando percepções.

Eu fique em Belo Horizonte e fui até o parque com um ônibus que sai da rodoviária de BH às 9 horas da manhã, e volta às 16h30, operado pela Saritur. As terças as visitas são gratuitas, quartas e quintas custam R$ 20 e sextas, sábados, domingos e feriados saem por R$ 28. Quem realmente quiser ver tudo, deve planejar para ficar em Brumadinho, em algum dos hotéis locais, e comprar os passes para mais de um dia Aviso: a cidade é bem pequenina.

Filmes sobre moda!

Se você é como eu e adora não só a moda, mas o cinema, tenho certeza que vê-los juntos nas telas dá aquele gosto todo especial. Selecionei alguns filmes ótimos sobre a temática!

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Começando por meu favorito, The September Issue (2009), que mostra os bastidores da produção da edição de setembro da Vogue América de 2008. Quem coleciona revistas, sabe o peso que uma edição de 840 páginas tem. Já pensou no trabalho para pensá-la e transformá-la em realidade? O destaque fica para a genialidade criativa da editora de moda Grace Coddington, embasbacante em todos os sentidos. Eu estou lendo a biografia dela e depois faço um post sobre o livro.

Em comparação, dá para assistir ao badalado  O Diabo Veste Prada (2006), para comparar ficção e realidade da vida de Anna Wintour, aqui representada como editora da ficcional Runway, a megera Miranda, , interpretada por Meryl Streep. O retrato é super caricato e deixa o mundo da moda um pouco fútil e abestalhado, mas o figurino de Anne Hatahway é absurdamente lindo e ainda atual.

Pra continuar, vale muito, mas muito, assistir a Cinderela em Paris (1957), musical fofo e gracinha sobre uma revista de moda para lá de maluquinha, com uma espécie de Anna Wintour dos anos 50, inspirada em Diana Vreeland. Olhem que fofo esse clipe de Think Pink! O plus? A linda bonequinha de luxo Audrey Hepburn em par amoroso inesperado com o eterno Fred Astaire.

Mudando de “assunto”, adoro também Coco Antes de Chanel (2009), mais pelo universo retratado que pelo filme em si. É demais conhecer melhor a história dessa mulher que mudou não só a história da moda, como trouxe força e liberdade para o universo feminino.

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Agora para os meninos! Esse não é bem “sobre” moda, é mais um mistério policial sensacional, mas Blow-Up – Depois Daquele Beijo (1966), do diretor cult italiano Michelangelo Antonioni, não escapa por ter cenas lindas e marcantes sobre a moda dos anos 60. Essa da montagem, super icônica, traz Veruschka von Lehndorff, uma espécie de Kate Moss da época, no papel dela mesma. Quem ama os sessentinha e fotografia de moda não pode perder.

Em seguida, destaco o documentário genial Marc Jacobs & Louis Vuitton (2007), do francês Loic Prigent, que mostra os bastidores do processo criativo do estilista mais marcante dos últimos 20 anos. É legal ver como surgem as parcerias artísticas, mas também observar todas as excentricidades de Marc, que havia acabado de emagrecer muito na época das filmagens.

No mesmo gênero, Lagerfeld Confidential (2007) mostra como é a vida do estilista mais excêntrico da moda, Karl Lagerfeld, responsável pela Chanel, pela Fendi e por sua marca homônima. Para fechar, outro doc lindo é Bill Cunningham New York (2010), que conta a história do fotógrafo homônimo, o pioneiro do Street Style, que dedicou a vida a clicar os estilosos da Big Apple. Anna Wintour, fotografada por ele desde mocinha, afirma: “We all get dressed for Bill”. Faltou colocar na montagem, mas vale destacar também o documentário genial Tom Ford Own Visionaires, que nos conta mais sobre a trajetória desse gênio da moda.

Gostaram? Vou fazer um post em breve com os melhores filmes em que a moda é coadjuvante, na forma de  figurinos inesquecíveis,x e outro sobre séries de TV sobre o mundo fashion!

Doce doce

Quase caí pra trás com a beleza do editorial Sweetest Thing, da Vogue Australia, abril de 2013. O fotógrafo é Will Davidson, o styling é assinado por Jillian Davidson e os modelos são Cassi van den Dungen e Lucas Pittaway. A atmosfera é a de um sonho campestre, bucólico, singelo, com as roupas mais diáfanas da temporada; a moda como arte, inspiração e poesia. *suspiro*

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Cachos e mechas ombré

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Eu sou uma adepta do cabelo cacheado. O meu é naturalmente assim e eu não costumo alisar com frequência. Aliás, dá para contar nos dedos as vezes que optei por fios mais lisos. Amo o visual livre e imperfeito que os cachos proporcionam. Gosto de volume maximizado. Por isso, aqui no blog, dificilmente você vai achar artigos sobre “controle de volume”, pois acho meio triste ter que controlar a loucura dos meus cachos.

Sempre quis ter mechas no cabelo. Porém, já vi resultados desastrosos, em que o cabelo fica marcado, malhado, listrado. Uma tragédia. Ou, pior, as mechas dão a impressão de cabelos grisalhos e desleixados. Sempre achei que o cabeleireiro tem que ter mãos de anjo para fazer um bom trabalho. Quando a moda das mechas tipo ombré surgiu, após aquela febre das californianas, que, convenhamos, ficam terríveis em madeixas cacheadas, eu gostei muito e fiquei com vontade de testar. Demorei para tomar coragem, já que meu cabelo não levava tinta desde a adolescência.

No início do ano, quando ainda morava em Curitiba, achei o Flávio, do salão Pente que te Penteia e ele realizou meu sonho capilar. Fiz muita pesquisa do que queria e levei essas referências que trago aqui no post e ele executou perfeitamente. Ficou exatamente como eu queria. Ele usou uma técnica simples, sem papel alumínio, nem nenhuma loucurinha. Foi no olho mesmo, passando descolorante nas mechas, com ênfase nas pontas, borrando em alguns pontos. Depois, passamos um tonalizante mais para o caramelo. Dizem que vicia, né? Pois sim, quero muito voltar no salão e ficar ainda mais loira!

Estas foram minhas referências inspiradoras:

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E o resultado: 
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Meu rim por um sapato

Essa seção sempre traz sapatos com saltos vertiginosos, mas, verdade seja dita, o tipo de sapato que mais aparece no pé da brasileira comum é a flat. Amamos os saltos, mas, para viver a vida das nossas cidades, sapatilhas e rasteirinhas são a companhia ideal. Para o look ficar chic, o modelo tem que ser impecável. A palavra “impecável” sempre me lembra o estilista tunisiano/francês Azzedine Alaïa, um dos meus grandes ídolos na moda. Sua marca é mais conhecida por seus vestidos de tricot para lá de sensuais, mas os acessórios não ficam para trás em perfeição. Confiram o que estou falando com estes modelos:

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É para qualquer mulher apaixonada por sapatos soltar gritinhos e ficar chic no ato! E vamos a procura de similares, por que, para ter um Alaïa, um rim pode não ser suficiente…

Camisetas literárias

No meu aniversário, ganhei da minha melhor amiga (oi, Maria!) uma camiseta linda, estampada com a capa de uma edição de Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito), da Jane Austen, meu livro favorito! Olha ela que fofa:

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Ela é feita numa malha macia, com cara de antiguinha e a print é muito bem feita. Amei tanto que fui dar uma conferida na loja em que ela comprou e descobri a fofíssima Out Of Print. A loja americana, que entrega no Brasil, faz camisetas com estampas de edições antigas de livros, uma mais linda que a outra. Olhem só:

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Eles também vendem camisetas masculinas, bolsas estampadas, capas para e-readers e celulares. Socorro, quero tudo!

Trancendental (continuação!)

E já que o assunto desses dias foi tranças, saiu esse dossiê no Style.com sobre este tipo de penteado, que voltou com força nos desfiles de outono/inverno lá fora. O legal é que eles contam uma breve história do penteado. Sabiam que elas existem há mais de 5 mil anos? Lembram da imagem da Cleópatra, toda trançada? As rainhas do Egito Antigo costumavam usar extensões de cabelo trançado, que eram tão importantes que eram enterradas junto com suas donas.

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As tranças também foram o penteado mais comum da idade média, tanto na corte como entre as camponesas. Mesmo por baixo dos véus da igreja, elas eram elaboradíssimas. Durante a Renascença, elas passaram a ser mostradas, na forma longa, no caso das camponesas, e presas em enfeitados penteados entre as moças da corte.

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No fim do século 19, as tranças ficaram mais simples, com o cabelo divido no meio e presas em coques ou deixadas soltas, conforme a idade das mulheres. Nos anos 1920, quando os cabelos mais curtos passaram a dominar a cena. Quem não se arriscava nos curtinhos, costumava usar coques bem presos durante o dia e tranças longas, soltas, durante a noite, para prepara o cabelo para o preso do dia seguinte. Nos anos 1930, a moda entre as meninas novas, era a trancinha dupla, à moda das tranças escandinávias.

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Vale a pena conferir o artigo do Style.com inteiro, em que eles mostram diversas tranças que marcaram época na moda do século 20. E, segundo eles, elas voltam às cabeças novamente esse ano, depois de um período intenso em 2007 e 2008. Olhem só alguns desfiles em que elas apareceram (além do Rodarte que mostramos aqui):

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Aproveitando o ensejo do post, achei esse tutorial de um coque trançado. O vídeo é bem lindinho é foi filmado pela Lumineux em uma loja gracinha de Salt Lake City.

Achei o penteado lindo, ainda mais com o efeito criado pelas mechas da modelo. Ele também é facilmente executável. Se você, assim como eu, não é um polvo quando o assunto é penteados, dá para pedir para uma amiga mais jeitosa. Os passos são os seguintes:

– Tenha em mãos spray de cabelo e grampos grandes e pequenos. – Faça duas tranças embutidas nos dois lados da cabeça, chegando até atrás da orelha, e depois trance até a pontinha, prendendo as tranças temporariamente com um elástico. Passe spray no resto do cabelo, concedendo textura e firmeza. Divida essa porção de cabelo e enrole as duas mechas, afastando-as. Cruze essas mechas, continue enrolando e cruze novamente, dessa vez por cima do coque. Com grampos, prenda o coque no lugar. Com grampos menores, junte as tranças ao coque, uma por cima e outra por baixo. Pra completar, mais spray de fixação!

Fininhas

Contrariando a onda das maxi-coisas, a designer de jóias americana Ariel Gordon tem uma linha homônima de jóias minimalistas, fofíssimas. Tudo bem feminino, delicado, sem ostentação:

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A linha de jóias em ouro é sucesso entre celebridades e não é difícil entender por que. Se alguém souber de alguma marca brasileira de bijoux acessível que esteja fazendo coisas nessa linha, me avisa?

E já que o assunto se encontra na delicadeza, dei uma pesquisada na marca e achei fotos tanto do escritório como da casa da designer. Eis a prova que bom gosto não anda só:

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As fotos são desses posts do Glitter Guide e do The Chalkboard Mag